Era um fim de tarde dourado, iluminado por luzes pendentes e flores espalhadas por todo o jardim da casa dos Albuquerque. Balões em tons de rosa claro e dourado flutuavam graciosamente ao vento, enquanto o aroma doce de tortas, frutas frescas e flores recém-colhidas pairava no ar. Betriza completava quinze anos, e aquele não era apenas mais um aniversário — era, silenciosamente, um recomeço para toda a família.
Estelle observava a filha do outro lado do jardim, com os olhos marejados de uma alegria serena. Beatriz sorria, radiante, com os cabelos soltos dançando ao vento, rodeada de amigas, rindo de algo que Pablo havia dito. O menino, como sempre, encantava a todos com seu jeito leve, espirituoso e suas piadas inocentes. Era impossível não sorrir com ele por perto. E, de certa forma, ele também parecia mais leve nos últimos dias — desde que fora apresentado, formalmente, a Murilo.
Estelle se pegou pensando em como tudo mudara em tão pouco tempo. O reaparecimento de Muril