Andreas

Algumas horas depois…

— Andreas, mandou me chamar? — Madalena adentra o meu escritório, encarando-me com profissionalismo.

— Sente-se, Madalena! Eu preciso que você veja uma coisa. — Eu peço e ela faz. No mesmo instante arrasto o envelope que Giovanna me deu mais cedo na sua direção. Curiosa, minha administradora de confiança começa a ler as páginas do documento.

— É um projeto social. — Ela diz o óbvio.

— Isso. — Madalena ergue os seus olhos para encontrar os meus.

— Quer que eu o jogue no lixo como fez com os outros? — Com uma respiração consternada me ajeito em cima da minha cadeira. Cruzo uma perna e roço o meu indicador no lábio inferior.

— Dessa vez não. — Ela me lança um olhar atônito. — Eu quero realizar esse projeto, Madalena. Cada detalhe dele.

— Mas, eu pensei que você…

— Eu sei o que eu disse. — A interrompo.

… Isto não é caridade. É um negócio. E um negócio precisa de fluxo.

Lembro-me das minhas palavras dur