Ângela
Assim que o carro entrou em movimento, encostei minha cabeça no vidro da porta e logo as palavras daquele infeliz vieram à minha mente. Talvez se naquele dia não tivesse esquecido a Laurinha de propósito, somente para voltar e avisar o Pietrinho que estava indo viajar, Rômulo não teria ouvido a conversa e meus pais estariam vivos. Sem que eu pudesse controlar, as lágrimas surgiram em minha face, eu fui a responsável pela morte deles. Minha mente foi inundada por memórias dolorosas, abalando profundamente o meu coração.
Ainda atordoada, ouvi Pietro avisando que tínhamos chegado. Saio do veículo e ao adentrar a mansão, senti mãos fortes em volta da minha cintura, me puxando de encontro ao seu peito. Fecho as portas dos meus pensamentos e com a raiva inflamando em minhas veias, me dirigi a Pietro.
— O que pensar que está fazendo? — ele continua me segurando.
— Sei muito bem o que está passando por sua cabeça — ele falou já com a voz alterada.
— Me solta.
— Porra! Já falei qu