Vittorio Romano
Ouvir Laura dizer “sim” para meu pai me deixou ainda mais alegre do que já estava. Via nela algo que a muito não sabia mais o que era, algo que sentia até mesmo um pouco de inveja de todos os meus outros amigos.
Ter uma mãe!
Fazia muito tempo que havia perdido a minha e não tinha ainda muito entendimento de como era as coisas, mas sabia que ela me dava muito amor e carinho.
Hoje estava mais feliz, Laura disse que iria me ensinar a nadar e queria logo chegar a nossa casa no campo, queria mostrar a todos que agora tenho uma mãe tão boa como todos os outros, meus amiguinhos.
— Oi, mamãe! — Digo assim que Laura entra na cozinha.
Vejo o seu sorriso fica maior e uma lágrima surgir no canto de seu olho. Ela se aproxima da mesa onde estava comendo uma fatia de bolo e se abaixa.
— O que disse traquina? — Ela pergunta.
— Oi, mamãe? — Digo confuso.
A vejo se ajoelhar ao meu lado e me puxar para o seu colo e chorar baixinho, consigo sentir uma tristeza profunda naquele seu choro e