No frio norte da Rússia, Bianca Collins, uma ex-espiã com uma vida de segredos, é forçada a abandonar sua identidade após uma missão perigosa. Decidida a escapar do passado, ela se reinventa como Laura Miller, uma mulher em busca de paz. Fixando residência em Verona, Itália, aceita o papel de babá de Vittorio. Longe das tramas de espionagem e tiroteios, Laura, inicialmente alheia à profissão de seu empregador, mergulha de cabeça no cuidado de Vittorio. Enquanto o vínculo entre a babá e a criança se fortalece, as sombras do passado de Bianca começam a desaparecer, dando lugar a uma nova vida cheia de afeto e simplicidade. Contudo, quando o Don italiano da mansão começa a notar a transformação emocional de seu filho, uma atração sutil se desenvolve entre Laura e o enigmático homem. Com o coração antes treinado para evitar vínculos, Laura se vê envolvida em um dilema entre seu passado e a possibilidade de um novo começo. Uma história cativante de redenção, amor e a descoberta de uma vida além das sombras da espionagem.
Ler maisBianca Collins
— Eles devem estar do outro lado, Angelina. — Digo para minha parceira e irmã.
Olhávamos a movimentação em um velho hangar aeronáutico, de longe camufladas no meio da neve que caia sem parar, avistávamos que a inteligência da SISU estava certa, eles estavam vendendo armas, faltava apenas saber quem eram eles.
Minha irmã é a oficial superior nessa missão, ela decide se arrastar no meio da neve e tentar fazer um melhor reconhecimento, não tínhamos ordens de interferir nas negociações, apenas deveríamos investigar quem são os responsáveis pela venda e a compra desse carregamento.
Nossa missão era apenas reconhecimento, mas se depender de Angelina, ela vai acabar entregando o carregamento para o nosso comando, um diretor da SISU que não me passa tanta confiança assim. Com a visão noturna monitoro os principais alvos que poderiam ver a minha irmã se aproximando deles se prestassem um pouco mais de atenção.
Por mais que sejamos altamente treinadas desde a infância quando fomos recrutadas em um orfanato da Sicília. Estou em pânico que algo aconteça a minha única parente, sei que não devemos demonstrar qualquer tipo de emoção em uma missão. Mas minha irmã é meu ponto fraco, sem ela desmorono e estaria sem chão.
— Angel, alvo se aproximando pela sua esquerda. — Digo em meu comunicador.
Sinto uma aflição ao notar que um homem em um casaco pesado de frio estava a menos de cinquenta metros de minha irmã.
“Se esconda”
Ouço o comunicador ficando no mudo, mantenho os olhos atentos a cena que se desenrolava a dada distância, minha irmã coberta com um pouco de neve atrás de um pequeno arbusto, observo o homem abrir o zíper e mirar no arbusto para mijar, saco a minha pistola e o silenciador, miro em sua cabeça caso seja necessário proteger a minha irmã.
Minha respiração se acelera observando enquanto ele olhava com desconfiança para o monte de neve que cobria o corpo de minha irmã, respiro fundo quando a atenção daquele homem muda e ele olha na direção oposta. Surge outro idiota do hangar e se aproxima.
Não consigo ouvir o que eles estavam falando, mas relaxo ao perceber que ele começavam a se afastar.
Deito a cabeça na neve e respiro aliviada, minha irmã estava segura.
Mas o som oco, me assusta e vejo a fumaça saindo do cano da pistola, observo o corpo inerte no meio da neve, a raiva e o desespero começam a me assolar, sinto o desejo ardente de ir até onde estavam e matar cada um por matarem a minha irmã.
Não posso deixar a dor de ver Angel sem vida tumultuar a minha mente, preciso sair daqui antes que seja pega e morta, tenho que levar as informações para nossos superiores. Pelo binóculo via que eles estava olhando para todos os lados procurando mais alguém, por sorte eles não olharam em minha direção.
Pela movimentação deles e direção ao hangar deveriam estar saindo dali, não consigo ter uma visão boa do assassino de Angel, mas tenho certeza que o encontrarei e o matarei sem piedade.
— Te prometo Angel. — Digo olhando para o seu corpo sem vida no meio da poça de sangue que manchava a neve.
Era apenas mais uma missão para a Sisu, mas ao retornar para a Escócia, onde fica um pequeno anexo da verdadeira identidade da SISU e me apresentar aos nossos superiores, houve divergências nas informações que coletamos e o que eles haviam criptografado. Houve desconfiança e muitos questionamentos sobre as motivações de minha irmã se aproximar dos alvos. Já que aquela não era a nossa missão.
— Precisa se apresentar em Moscou, senhor Saveli exigiu a sua presença. — Meu superior diz me olhando com desdém.
Via no olhar de cada um deles dentro daquela sala de interrogatório que não acreditavam em nada do que havia dito. Então o pensamento que Angel sempre externou veio em minha mente enquanto entregava as minhas credenciais.
“Serviremos apenas até quando formos convenientes a eles, depois seremos descartadas como lixo que precisa ser destruído”
Recordo e entrego a minha pistola para o superior que tinha ar de deboche, o que me deixou ainda mais intrigada com tudo aquilo.
Sabia que assim que colocasse meus pés para fora daquele prédio seria um alvo. Que me caçaram por ter me aproximado de algo que não deveria, a sensação que tenho é que meus superiores sabiam muito bem o que estava acontecendo na Rússia naquela noite.
E para a minha tristeza, minha irmã quis mostrar o porquê ela era muito competente e sempre era a escolhida para as várias missões que fazia. Angela queria entregar bons resultados para o comando, infelizmente ela perdeu a sua vida com isso.
Sair daquele prédio foi praticamente um prelúdio do que seria a minha vida se não colocasse em prática tudo o que aprendi com eles nos vinte anos que vivo nos muros da SISU sendo treinada para ser uma arma mortal.
Assim que escapo de um atropelamento, deixo o nome Bianca Collins para trás, com a ajuda de um amigo que ajudei algum tempo e me tornei Laura Miller, uma mulher desempregada fugindo de um ex-companheiro violento.
Foram várias tentativas de me matar e por destreza e sagacidade consegui escapar de todos os que me perseguiram.
“Laura consegui uma informação para você!”
Um dos meus informantes mais confiável ligou para o telefone descartável que tinha.
— Diga! — Falo olhando para a paisagem em Bruxelas.
A neve caia salpicando o chão deixando um ar romântico pela cidade.
“Encontrei uma informação sobre um possível comprador daquela noite”
Ele diz e me afasto da janela para prestar atenção ao que ele falava.
“Verona, Itália, peguei apenas isso, mas acho que seja o Don daquela região que estava lá naquela noite”
— Obrigado Jon, fico te devendo essa!
O telefone é desligado tão rápido quanto jogo o que estava em minha mão no chão e o destruo para evitar que seja encontrada. Tenho uma ideia em mente, chegou a hora de enfrentar aqueles que estavam no hangar naquela noite.
Não sei ainda, do que me aproximei, mas descobrirei e vigarei a morte de minha irmã.
Enrico RomanoPrecisava descontar a minha frustração, por isso passei uma parte da tarde na academia que mandei instalar no fim do corredor no mesmo andar do meu apartamento, transformando toda o andar do prédio na minha casa.Já relaxado depois de uma longa conversa com a russa, que tem um semblante triste e meio angustiada, o que me faz pensa o que aconteceu para ter escolhido outro país para seu curso. Desejava apenas manter a Irina entre meus braços, mas tenho uma surpresa para ela.Havia solicitado um jantar romântico com direito a pétalas e velas. Tudo estava conforme queria, um jantar simples e, ao mesmo tempo, acolhedor, tudo para deixar Irina tranquila.A conduzo até o meio da minha sala, na mesinha de centro havia dois pratos servidos e tampados, assim como duas taças para o vinho colocados ao lado, tudo parecia perfeito, para agradar à garota que arrebatou o meu coração.Ajudo Irina sentar na almofada que estava no chão e o aroma delicioso do jantar começa atiçar a fome que
Irina PetrovAinda sentia Enrico andando comigo e me sentia safada por não largar o beijo que ele estava me dando, mesmo sentindo que o ar estava começando a me faltar, não queria interromper o nosso beijo.— Tão linda… — Ele murmura sugando o meu lábio inferior.— Enrico. — Sussurro o seu nome.Sentindo algo diferente é como se estivesse afirmando que ele é meu, o que tenho certeza que não chega nem perto. Ele provavelmente é um galinha e fode com toda mulher que ele se interessar.— Sentiu saudades? — Ele pergunta afastando o seu rosto do meu e percebo estarmos em um quarto escuro.Olho para o ambiente e sinto quando ele deixa o meu corpo escorregar pelo dele e abre espaço para olhar ao redor.— Fique a vontade, pode tirar o sapato e deitar na cama se quiser. — Ele diz beijando o meu ombro e deixando uma pequena mordida em meu ombro.Sua mão aperta a minha cintura e deito a cabeça em seu peito, deixando que uma sensação desconhecida tome conta de mim. É inevitável não me sentir atra
Irina PetrovEstava tão cansada que mal percebi que cai no sono, sentindo o corpo quente de Enrico ao meu lado, me abraçando com a sensação de tranquilidade, foi mais que suficiente para me embalar em um sono tranquilo e sem pesadelos.Viro o meu corpo para tentar me encaixar de frente ao peito de Enrico, mas para a minha tristeza o homem havia evaporado. O que me faz suspirar frustrada, fui deixada sozinha naquele apartamento e vazio.Olho para o relógio de mesa que havia ao lado da minha televisão e já passava das três da tarde e sorrio ao perceber quanto tempo conseguir dormir, realmente estava precisando. Havia muito tempo que não sabia o que era ter um descansar dessa forma.Levanto lentamente sentindo a cabeça leve e o estômago vazio, uma vez que o meu medo fez com que nem chegasse a tomar um café quando sai fugindo de Enrico. Sento na borda do sofá, sorrio como uma boba ao perceber que ainda consigo sentir o perfume forte dele, olho para o lado, o mesmo lugar onde ele estava de
Enrico RomanoPassamos um bom tempo juntos ali naquele pequeno sofá, Irina estava de olhos fechados tirando um cochilo e precisava ir me encontrar com Steffano que estava tentando resolver a situação com a polícia, sobre o cerco dessa noite.Levanto com delicadeza e vou até o pequeno banheiro, me limpo rápido e recolho as minhas roupas que estavam espalhadas pelo chão. Me aproximo do sofá sorrindo, observando Irina descansando.Começo a me vestir e olho ao meu redor, o pequeno apartamento desprovido de móveis, tendo apenas uma pequena geladeira, um fogão velho e esse sofá antigo que ela usa como cama. A única coisa que parece nova ali é a televisão que está sobre um armário.Talvez ela não tenha família e está começando a ter suas coisas agora…Me abaixo e deixo um beijo em sua testa, um sorriso brota em seu rosto e a observo mudar de posição e esconder o seu lindo rosto com a colcha que até ainda pouco nos cobria.Antes de sair do seu apartamento, puxo um pequeno papel que tinha no b
Irina PetrovFechou os olhos tentando não associar o que estava acontecendo agora com o que aconteceu meses atrás. Nina está certa, não posso deixar que nada daquilo traga ainda mais traumas em minha vida.Assim que cheguei a Verona, fui ao hospital, contei sobre o que havia me acontecido. A médica prescreveu todas as medicação para evitar uma gestação indesejada e contra doenças sexualmente transmissíveis. O último passo seria prestar queixa sobre a violência, mas sabia que não daria em nada e a última coisa que quero nesse momento é que Boris me encontre.Tive sorte, mesmo passando alguns dias depois do acontecido, ainda assim a medicação fez efeito e não gerei um bebê daquele monstro.Mas ainda assim, tenho pesadelos horríveis e tenho medo que ele me encontre a qualquer momento e machuque pessoas que nada tem a ver com o que fiz, fugindo de suas garras.Começo a sentir uma nova onda de desejo e o calor aumentando entre as musculaturas da minha vagina. Estava respirando com dificuld
Enrico RomanoQue noite foi essa?Era o meu único pensamento enquanto Tommaso me levava em direção ao hospital para suturar o golpe que acabei levando na cabeça. Estava muito irritado, Steffano em vez de proteger minha retaguarda foi atrás de acertar o policial que invadiu a boate. E acabei sendo atingido com uma viga que não faço ideia de onde surgiu.Quando entro no hospital comandado por nossa família, sou surpreendido quando vejo uma mulher linda, seus cabelos escuros e curtos, seus olhos em um tom de azul anil e um jeito que parece tão meigo.Provavelmente ela deve ser muito nova, mas isso não me importa. Depois que ela me atende, percebo com surpresa que fiquei calado por tempo demais observando a sua beleza.Estava me sentindo encantado pela beleza dessa mulher, mas como fiquei mudo por tanto tempo acabei esquecendo de perguntar o seu nome. Mas sou um Romano e se não ter essa mulher largo a máfia.Saio do hospital e chamo Tommaso para me ajudar.— Diga! — Ele diz olhando para t
Último capítulo