A explosão veio acompanhada do estilhaçar de vidros e da queda de escombros. Algo atingiu minha cabeça e tudo escureceu. Mãos me puxaram da cama no momento em que recuperei a consciência. Meus ouvidos zumbiam e meus olhos ardiam. Não conseguia enxergar nada enquanto era carregada. Ouvi gritos de pânico, mas as palavras pareciam distantes e incompreensíveis. O medo me dominou enquanto eu tentava, em vão, esfregar os olhos para ver o que estava acontecendo. Minhas mãos se recusaram a cooperar e apenas se agitaram no ar, sem propósito. O cheiro acre de fumaça invadiu minhas narinas, e tossi ao senti-lo queimar os meus pulmões.
— Dot. — Ouvi Mason rugir, mas o som soou abafado, como se eu estivesse usando fones de ouvido. — Por favor, ajude ela. Você precisa ajudá-la. — Implorou, e senti quando ele caiu de joelhos comigo nos braços.
— Fica com a gente, garotinha. — Escutei Theo dizer. Eu não sabia para onde ele achava que eu estava indo, porque o que quer que estivesse nos meus olhos era q