“Pamonha! O carro da pamonha está passando! Pamooonha.... doce! Pamooonha…. salgada! Pamooonha…”
O dia começava muito cedo, com o tio da pamonha invadindo os ouvidos de Taco e Joana, ainda grogues de sono. Bebiam um tórrido café, quente, um inferno de quente, para espantar a vontade de voltar a dormir e dar coragem para iniciar a feroz batalha por empregos. Estavam decididos.
Na noite anterior, decidiram virar gente. Bem-vindos à vida adulta! Contas a pagar, crianças chorando, o leite que nunca seca, o churrasco da igreja, a benção do padre. A vida adulta jamais sonhada por Taco e por Joanita. Mas o tempo avança, e não dá para viver uma eterna adolescência. É tempo de ouvir jazz, beber whisky e fazer concurso público. Nada mais será