Capítulo 174
Riley Black
O sol daquela manhã parecia diferente — mais leve, mais dourado, como se o mundo inteiro tivesse esperado aquele dia junto comigo.
Depois de três dias no hospital, era hora de levar Theodore pra casa.
O quarto estava calmo, cheirando a lavanda e leite morno. Eu ajeitava o pequeno sobre o trocador, vestindo com todo o cuidado as roupinhas que eu e Luca tínhamos escolhido meses antes, ainda na fase em que tudo era sonho e expectativa.
A calça azul clara, o macacão branco de malha fina, e a toquinha… ah, a toquinha era um caso à parte — de lã, com orelhinhas pequenas e um pompom no topo. Eu não sabia se ria ou chorava. Ele parecia um anjinho saído de um sonho.
— Amor, me passa a manta? — pedi, sem tirar os olhos do nosso filho.
Luca veio até mim com o pano dobrado e uma expressão que misturava respeito e terror, como se fosse uma arma prestes a disparar.
— Assim? — perguntou, tentando entender por onde começava o processo de enrolar o bebê.