Afrodite Ribeiro
Encho uma taça de vinho e entrego para Esther que toma o líquido da taça de uma vez, quando ela coloca a taça novamente na bancada me arranca uma risada sincera.
— O negócio tá feio mesmo! — Falo e ela assente.
— Você não tem idéia, acho que hoje eu quase perdi o meu réu primário. — Fala e eu nego.
— Vai, me conta tudo. — Falo olhando para trás. — Aproveita que eles estão conversando e não vão vir pra cá.
— Quando eu terminei a minha faculdade, eu só tive duas opções ou arrumava um emprego em quinze dias ou eu teria que voltar para o meu, país. — Ela fala. — Eu não tenho uma boa relação com os meus pais, meu pai é um tirano e minha mãe uma mulher que aceita absolutamente tudo o que meu pai faz, eu cresci vendo tudo e quando puder ir pra bem longe, escolhi essa faculdade, consegui bolsa, morava nos dormitórios estudantis e só pagava uma taxa e comida, dava para sobreviver.
— É bem complicada a sua situação. — Falo e ela assente.
— Eu trabalhava em uma lanchonete e trab