Giulia Vassalo
Dois dias depois
Subo os degraus da mansão com Gian, Felipe e Vivian me seguindo em silêncio. Não digo nada até chegarmos aos quartos. Paro no corredor e me viro para eles.
— Vocês têm 30 minutos para se arrumarem. Vamos à sede da máfia. Quero tudo resolvido hoje.
Eles trocam olhares, mas ninguém se atreve a questionar. Entro no meu quarto, tiro a roupa que ainda carrega o cheiro do dia anterior e tomo um banho rápido. Quando estou pronta, com o cabelo preso e o olhar fixo no espelho, sei que não há espaço para dúvidas. Hoje não.
Descemos juntos, todos vestidos de forma impecável, e o carro nos espera. Durante o caminho para a sede, no coração do Rio de Janeiro, o silêncio no carro é quase palpável. Gian parece inquieto, Vivian e Felipe mantêm expressões neutras, mas sei que todos estão alertas.
A sede da máfia italiana no Brasil é uma fortaleza. Quando entramos, o peso do lugar parece cair sobre nós. Subimos até a sala que Cesare costumava ocupar. Não é a primeira vez