(Miguel)
Quando chegamos na casa, os outros já estavam na varanda. Desci do cavalo primeiro e peguei Patrícia no colo em seguida.
Cássio veio ao nosso encontro, a preocupação estampada no rosto.
— Vocês demoraram — ele disse, olhando para nós com uma expressão intrigada.
— Tive que vir devagar por causa do pé dela — expliquei, tentando esconder o incômodo que sentia com a situação.
Cassio olhou para mim desconfiado, mas não disse nada. Apenas levou a égua para o estábulo. Perla se aproximou, a curiosidade evidente.
— Como você se machucou? — Perguntou, os olhos arregalados.
— Foi um caco de vidro no rio, mas já estou bem — respondeu Patrícia, com um sorriso tranquilizador.
Olhei para ela, ainda sentindo o tremor em meu coração pelo que quase aconteceu momentos antes. Patrícia então se virou para mim.
— Você já pode me colocar no chão, Miguel.
Assenti e a levei até a varanda, colocando-a sentada em um pequeno banco. A observei, ainda processando tudo o que tinha acontecido.
Ela era