(Miguel)
Sentei-me na cadeira ao lado de Natália, sentindo o peso da tensão no ar. Ela estava visivelmente desconfortável, mexendo nas mãos nervosamente.
— Não estou me sentindo muito bem, Miguel. — Natália sussurrou, sua voz baixa e trêmula.
Suspirei, tentando manter a calma. Esperávamos pela doutora Mônica para discutir os resultados dos exames de Natália.
Eu sabia que a situação era delicada.
— Vai ficar tudo bem, Nat. — Respondi, tentando tranquilizá-la, embora eu mesmo estivesse apreensivo.
Antes que eu pudesse continuar, a porta se abriu e a doutora Mônica entrou, com uma expressão grave.
— Olá, Natália, Miguel. — Ela nos cumprimentou, se aproximando da mesa. — Recebemos os resultados dos seus exames, Natália.
Natália olhou para mim com olhos arregalados, visivelmente assustada.
— O que... o que aconteceu? — Ela perguntou, a voz cheia de medo.
Mônica respirou fundo, escolhendo as palavras com cuidado.
— Os exames indicaram a presença de um tumor no útero. Ainda precisamos con