Marvila foi para o próprio quarto, ela havia aberto todas as janelas, ajeitado o lençol e deixado a cama impecável. Sentia pequenas pontadas de dor, semelhantes a cólicas, mas ignorava, distraindo-se com as roupinhas da bebê. Em cima da cama, montara uma pequena pilha. Passava cada peça com carinho, ajoelhada no chão, apoiando-se no colchão, concentrada.
O barulho dos passos no corredor a fez se sobressaltar. Dom apareceu na porta, com o rosto sério, o olhar cético, mas firme.
— Bom dia, teimosa. — disse, com um leve tom de ironia.
— Como se sente hoje?
Marvila, ainda de costas, continuou dobrando uma das roupinhas antes de responder, sem encará-lo:
— Bom dia. Bem, obrigada.
Ele entrou no quarto, tirando a camiseta suja de terra que usara para trabalhar no jardim. As costas largas e o corpo forte chamaram a atenção dela, que desviou o olhar rapidamente, fingindo foco nas dobras do tecido.
— Vou acompanhar minha irmã. — avisou ele, indo em direção ao banheiro.
— E hoje prefiro ir sozin