147. Monstro banhado em sangue
Ceyas
— Por que você não morre? — pergunto à pessoa que continua respirando, não importando quantas vezes rasguei sua carne.
É muito contrário ao corpo gélido que fica no centro do lugar, apenas esperando que alguém o tire de onde está, porque nunca mais usará as próprias pernas. Diferente do meu irmão, meu pai tem uma grande resistência à morte.
— Você deveria ter me dito o que estava acontecendo, se não queria que as coisas fossem assim — profiro, sem ter certeza do porquê essas palavras saem da minha boca, mas empoleirado em cima do seu corpo, com uma perna de cada lado dele para evitar que fuja, não tenho certeza do que deveria fazer para, enfim, acabar com a sua vida.
Quanto mais sangue preciso derramar?
Quantas vezes mais tenho que ver o corpo morto do meu irmão pelo canto dos olhos? Tem tanto assim que desejou para se desesperar querendo manter sua vida depois de ter feito algo tão macabro com o seu filho?
Independente dos seus desejos, estou aqui para acabar com eles.
Se depend