126. Segredos escondidos
Ceyas
Por mais que tenha se passado algum tempo desde que Rosian começou a se curar, não consigo tirar os olhos do local onde havia um buraco tão grande. Mesmo que haja roupas cobrindo o lugar, ainda mantenho meus olhos ali.
É algo que não consigo impedir; meu ser apenas reage dessa maneira porque quer garantias de que ele está se curando. O cheiro de seu sangue continua se espalhando pela mansão.
Os lobos do lado de fora, fazendo a guarda do território, demonstraram muita curiosidade pelo ocorrido, uma vez que nos viram saindo, mas não nos detectaram chegando. Somente viram que retornamos.
Sem explicações, é claro que comentários serão gerados. Além disso, devem ter sentido o odor do sangue de Rosian. Não tinha como não sentir, quando a ferida foi tão grande.
— Por que estamos sentados afastados? — pergunta Rosian, apesar de ter sido ele quem começou com a ideia de que nossas conversas devem ser realizadas mantendo distância um do outro.
— Porque posso querer te amarrar em casa — resp