Melanie Pov
Dessa vez, acordo sozinha, sem qualquer água fria me atingindo. A dor no meu maxilar lateja com tanta intensidade que preciso pressionar os dentes com força para conter um gemido. Cada pulsação ali é como uma onda vibrando contra meus ossos, e chego a acreditar, com amargura, que ele pode estar quebrado.
Me encontro deitada em uma cama desconfortável, onde o colchão fino mal consegue sustentar meu corpo e afunda nas partes erradas, torturando minha coluna já dolorida. O cheiro azedo de mofo e umidade empesteia o ambiente. Tento respirar pela boca, mas o gosto metálico da própria saliva, misturado com um leve toque de sangue, me faz engasgar.
O local em que estou agora é pequeno, estreito, com paredes próximas demais que me dão uma sensação