Eu não pensava em vingança ainda, apenas queria desesperadamente acreditar que podia ser outra pessoa, num outro mundo, onde não existisse traição, mentira! Bem, a mentira era eu mesma.
Não dava para voltar atrás, estava muito envolvida com tudo o que estava acontecendo de novo na minha vida.
Eu só queria acreditar que nunca mais ouviria falar em Diogo Valente, sobretudo, Cath e também os meus pais.
— Antonietta!— Ele me trouxe de volta.
— Não gosto desse nome, imagino que não se pareça comigo!— falei, encarando seriamente meu anfitrião.
A princípio ele se assustou com a minha ousadia, depois sorriu descansando a sua taça na mesa e inclinou-se, enquanto falava:
— Tem uma ideia melhor? Lembra-se do próprio nome?
Fiquei inquieta, e não encontrei resposta. Ele sorriu vitorioso e suspirou, voltando a falar:
— Pelo visto não tem interesse algum em descobrir quem é de verdade.
Ergui meus olhos, surpresa. Enfim, a própria Antonieta me salvou.
— Ela tem razão, senhor!