Matteo estava mais preocupado com o meu estado do que com o que eu tinha a dizer.
— Está bem, meu amor, fale! Eu sou todo ouvidos!
Mas quando eu me enchia de coragem, o celular dele tocou alto e insistente.
— Só um minuto, querida. Deve ser importante, é o Alencar.
Eu murchei na hora. Matteo ouvia e ficava cada vez mais tenso.
— Pode deixar, Alencar, eu vou para casa e explicar tudo. Eu sei, Alencar foi só uma brincadeira! Não, a Silla não tem nada a ver com isso, foi ideia minha!
Minha respiração começou a ficar difícil.
— O que ele queria, amor?
Matteo descansou o celular na mesa e procurou o garçom com ansiedade.
— A conta, feche a conta, por favor!
— O que aconteceu, amor? O que o Alencar queria de tão urgente?— eu insistia, vendo que Matteo já se colocava de pé.
— Amor, olha pra mim. O que houve?— eu estava apavorada.
Ele suspirou longamente.
— Precisamos voltar para casa.
— Assim, tão rapidamente? Aconteceu algum