Maya chegou em sua casa com o coração acelerado, o perfume dos gêmeos ainda impregnado em sua pele e roupas. Sabia que o encontro com seus pais seria inevitável, mas, relutante em enfrentar uma conversa naquele momento, ela deslizou até a sacada do seu quarto, entrando sem fazer barulho. A noite estava calma, e a lua lançava uma luz suave sobre a paisagem tranquila.Deitando-se em sua cama, Maya encarou o teto, perdida em pensamentos. Murmurou em um sussurro: "Deusa, o que eu fiz para merecer isso?" Uma sensação contraditória de desespero e excitação se misturava dentro dela. Embora uma parte de Maya se questionasse sobre o rumo que sua vida estava tomando, um sorriso brincou em seus lábios. No fundo, ela sempre sonhara em ter os gêmeos só para ela, e agora essa fantasia se tornara realidade.Os olhos cansados de Maya fecharam-se lentamente, rendendo-se ao cansaço e à confusão que a dominavam. Enquanto ela mergulhava no sono, seus sonhos eram povoados por imagens de dois irmãos extrao
Logan e Mia caminhavam lado a lado, suas mãos se tocando de vez em quando, sentindo a eletricidade do vínculo de companheiros percorrer a ambos. Logan, com um gesto carinhoso, entrelaçou suas mãos, e juntos continuaram o caminho até a casa dele. Um silêncio confortável se instalou entre eles, apenas o som suave de seus passos na estrada e o murmúrio suave da brisa noturna. O céu estrelado acima deles e a lua, testemunhas silenciosas do início de uma nova história de amor, lançavam sua luz prateada sobre o casal. Logo, chegaram à casa de Logan, uma residência modesta, mas bem cuidada. A luz fraca na entrada destacava a beleza simples da casa. Mia olhou ao redor, curiosa, e perguntou: "Você mora com seus pais?" Logan sacudiu a cabeça suavemente e respondeu: "Não, somos só eu e Mia. Meus pais morreram na última guerra pelos Filhos da Lua." Houve um breve momento de silêncio, enquanto Mia processava a informação. Ela olhou para Logan com compaixão e disse: "Sinto muito." Logan
O sol começava a iluminar o horizonte, marcando o início de um novo dia. Maya, mesmo apreciando a ideia de ficar mais um tempo na cama, sabia que teria um dia longo pela frente. Vários pacientes aguardavam na clínica, e suas responsabilidades a chamavam. Com um suspiro, ela desceu para tomar café da manhã. Seus pais, cientes da natureza reservada de Maya, pareciam entender que tocar no assunto dos gêmeos como companheiros estava fora de questão. Como se houvesse um acordo tácito entre eles, a manhã transcorria em um silêncio respeitoso. Maya sentia uma profunda gratidão por isso; a complexidade de suas emoções ainda não tinha encontrado espaço para ser discutida. Após um café da manhã rápido, Maya dirigiu-se à clínica. As ruas estavam começando a ganhar vida, e o aroma fresco da manhã envolvia-a enquanto ela se dirigia ao local onde tantas necessitando de cura e cuidado esperavam por ela. Enquanto caminhava, a mente de Maya vagava, e ela se perguntava onde Mia poderia ter se metid
Uma apreensão toma conta de Maya, e uma onda de pensamentos inquietantes invade sua mente. Nem nos seus sonhos mais ousados ela havia imaginado ser a Suprema Luna. Embora tenha nutrido uma paixão pelos gêmeos desde a infância, ela ignorou ou deliberadamente evitou considerar o fato de que, sendo eles os Supremos Alfas, sua companheira se tornaria a Suprema Luna.Agora, diante da realidade que se desenrola, Maya questiona a si mesma se será forte o suficiente para liderar ao lado dos gêmeos no mundo sobrenatural. Dúvidas surgem sobre sua capacidade de travar lutas para defender seu povo quando necessário. Ela se pergunta se poderá enfrentar as responsabilidades que acompanham esse novo papel, liderando não apenas como companheira, mas como uma figura central e respeitada na alcateia.Enquanto permanece sentada ao lado de Mia, os pensamentos tumultuam em sua mente, criando um fio de ansiedade. A jornada de Maya para descobrir seu lugar no mundo sobrenatural se torna mais complexa, e o d
O escritório dos supremos alfas era um refúgio silencioso e imponente, um lugar onde as decisões eram tomadas e os destinos moldados. No entanto, enquanto Caio e Carlos debatiam estratégias, alheios à tempestade que se aproximava, a atmosfera era tensa. A forte atração entre os gêmeos e Maya, outrora ignorada, agora se tornava impossível de negar. A conexão intensa que compartilhavam com Maya os impulsionava a buscar um recomeço, mas o desafio à frente era monumental.Confrontando seus próprios erros, os gêmeos admitiam, com uma honestidade brutal, as falhas do passado. Desrespeitaram e humilharam Maya, deixando marcas que agora pareciam insuperáveis. A consciência da gravidade de suas ações passadas pesava sobre eles, e a incerteza do futuro pairava como uma sombra."Somos os supremos alfas. Isso deve contar para alguma coisa," afirmou confiantemente Carlos, tentando encontrar uma saída para a situação delicada.Caio, por sua vez, suspira, lançando um olhar de descrença para o irmão:
O ar na sala torna-se denso, carregado com a ameaça iminente. Maya sente a intensidade do momento, sua mente girando enquanto tenta compreender a gravidade das palavras dos gêmeos. A tensão a assusta, e ela não pode deixar de se perguntar o que aquela ameaça poderia significar para ela e para aqueles que ama.Com os olhos fixos em Carlos, ela pergunta com voz trêmula:"O que querem dizer com isso?"Carlos, com um sorriso cruel, responde:"Iremos tornar você e todos que ama párias do mundo sobrenatural. Serão piores do que vampiros desgarrados ou lobos desonestos, condenados a viver entre os humanos para sempre."A ameaça ecoa na sala, fazendo com que Maya sinta um calafrio percorrer sua espinha. O corpo dela treme de raiva, mas ela se mantém desafiadora:"Não acredito que fariam isso com meus pais, tia Ella e tio Nolan..."Antes que ela possa terminar, Caio a interrompe com um tom frio:"Sim, nossos pais odiariam, mas não podem fazer nada. Acha mesmo que temos medo da nossa mãe, Maya?
Maya retorna para clínica e para o seu desespero as horas parecem voar, e por mais que ela tente não pensar no assunto ela sabia que teria que se mudar naquele dia para a casa dos gêmeos e ela sabia o que aconteceria então.Mas o que realmente incomodava Maya era o fato de no fundo ela estar ansiosa pela noite, no fundo ela queria ser a luna dos gêmeos, mas isso a incomodava pois mesmo depois de tudo que fizeram com ela, mesmo assim eles eram na verdade quem ela sempre amou, agora ela sabe porque nunca dormiu com Justin, ela pensava que era porque não estava preparada ou porque tinha medo de encontrar seu companheiro depois, mas na verdade era porque Justin não era Caio e Carlos.O dia de serviço acaba e Maya se vê caminhando para casa, e se depara com o pai e a mãe à sua espera com expressões preocupadas."Filha, os gêmeos mandaram alguém vir pegar suas coisas, tentamos impedir, mas eles deram um comando alfa", esclarece Mirella.Ao ver a preocupação estampada nos rostos de seus pais
Carlos, com o corpo já colado ao de Maya, provoca:"O que foi, até parece que nunca fez isso antes."Ao ver a forma como o restante do rosto de Maya cora, Carlos se afasta um pouco, perguntando entre surpreso e satisfeito:"Você nunca fez, né?"Maya se vê em uma encruzilhada, mas sabe que não seria prudente mentir sobre isso. Levantando o queixo, diz desafiadora:"Não sou promíscua como vocês. Eu estava ocupada estudando, e depois não tinha encontrado a pessoa certa."Caio, feliz com a notícia, pergunta:"E seu namorado humano, por quem você diz ser apaixonada, não era a pessoa certa?"Maya, no fundo, sabe que a resposta para essa pergunta é não. As pessoas certas sempre foram Caio e Carlos, mas ela morreria antes de admitir isso. Então, ela responde, mantendo o desafio em seu olhar:"Sim, ele era, porém ele é um cavaleiro e não apressou as coisas."Os gêmeos trocam olhares, conscientes de que terão que ir com calma dadas as circunstâncias. No entanto, também estão satisfeitos por ser