No dia seguinte, cheguei ao escritório sentindo como se tivesse sido atropelada por um caminhão. O corpo inteiro doía depois de uma noite de sono inexistente, e as olheiras denunciavam minha batalha fracassada contra a insônia. Minha mente girava sem parar, revivendo cada detalhe da conversa com Isabelle, tentando ligar os pontos sobre Damon e a confusão na Montserrat Enterprises.
Caminhei pelos corredores segurando um café forte, torcendo para que me mantivesse funcional. Mas é claro que o universo não me daria uma trégua.
— Savannah.
Parei no meio do corredor ao ouvir a voz grave e familiar.
Olhei para o lado e vi Thomas encostado na porta da sala dele, os braços cruzados e aquele olhar de quem sabia que eu tentaria evitá-lo se tivesse a chance.
Suspirei fundo, preparando minha paciência antes de segui-lo para dentro da sala.
Assim que fechei a porta, ele foi direto ao ponto.
— Já decidiu o que vai fazer?
Cruzei os braços, fitando-o sem demonstrar cansaço.
— Não tenho muitas opções.