Cruzei os braços e encarei Thomas com a firmeza de quem não aceitaria mais rodeios. Ele suspirou pesadamente, passando a mão pelos cabelos, claramente frustrado com minha insistência.
— Se eu te contar, você promete que não vai abrir a boca para ninguém? — Ele finalmente cedeu, mas sua expressão deixava claro que ele odiava estar fazendo isso.
— Prometo. — Minha resposta veio rápida e certeira.
Thomas me estudou por alguns segundos, como se estivesse decidindo se eu era confiável ou não. Então, ele se inclinou levemente para frente, apoiando os antebraços na mesa, e disse:
— Meu pai teve um caso extraconjugal anos atrás. Dessa relação nasceu um filho. Meu meio-irmão.
Minha mente processou as palavras devagar.
— E o que isso tem a ver com a venda da empresa?
Thomas soltou uma risada amarga.
— Tem tudo a ver. Esse cara é um desastre ambulante. Vive se metendo em confusão, gastando dinheiro com negócios duvidosos, e agora quer uma fatia do império Montserrat.
Arqueei uma sobrancelha.
— E