O carro de Thomas deslizou pela estrada como se ele soubesse exatamente para onde estava indo. Eu, por outro lado, não fazia a menor ideia.
Cruzei os braços e encostei no banco, sem disfarçar a irritação.
— Se isso for um sequestro, já aviso que não sou uma boa refém.
Thomas soltou um suspiro e manteve os olhos fixos na estrada.
— Se fosse um sequestro, você não estaria sentada tão confortável.
Revirei os olhos.
O silêncio entre nós ficou incômodo, quase sufocante. Eu não gostava de ser arrastada para situações sem explicação, principalmente quando envolviam um homem como Thomas.
Depois de um tempo, a paisagem mudou. Saímos do centro movimentado da cidade para uma área mais afastada, onde as luzes eram mais escassas e o ambiente parecia muito mais íntimo. Quando ele finalmente parou o carro, franzi a testa. Um restaurante. Pequeno, elegante e discreto. O tipo de lugar onde pessoas ricas vinham para escapar do caos da cidade e resolver negócios longe dos olhos do público.
Thomas saiu