Clara aguardou ali a noite toda e não esperava ser questionada quando seu pai recuperasse a consciência.
Seus lábios se comprimiram, seu peito doía com uma desconfortável acidez.
Pronta para contradizer, ela ouviu Lucas tossir repetidamente.
Ele tossiu com força, Clara pegou um lenço ao lado e lhe entregou, notando manchas de sangue no lenço.
Lucas também as viu, surpreso, franzindo a testa.
Entretanto, ele não demonstrou preocupação, considerando aquilo como resultado de sua impaciência.
- Clarinha, sei que não gosta do Simão. Quando você estava na Universidade da Cidade C, você tinha um namorado? - Lucas perguntou.
Clara não respondeu, com a mente ocupada pelas manchas de sangue no lenço.
Ela escondeu a condição médica de Lucas, então ele pensava que voltaria logo para a empresa.
Lucas não esperou por sua resposta e começou a se arrepender.
- Fui ganancioso demais. A empresa foi construída com meu suor. Por isso é difícil deixá-la. Naquela época, fiz você se casar com o Simão. Além