Reconquistar a Ex-Mulher: Sr. Simão Insiste em Me Mimar
Reconquistar a Ex-Mulher: Sr. Simão Insiste em Me Mimar
Por: Clara Simão
Capítulo1 Não Quero Dinheiro
O homem já estava adormecido, seus olhos estreitos estavam apenas levemente entrecerrados. Clara Silva, segurando uma amargura indescritível, saiu da cama. Suas costas formaram uma curva graciosa, oculta por seus longos cabelos que caíam como um véu misterioso. Ela estava prestes a pegar suas roupas espalhadas pelo chão quando uma voz gélida veio de trás dela:

- Quanto você quer?

A voz era desprovida de qualquer emoção; toda a intensidade da paixão da noite anterior havia se dissipado. Clara hesitou, segurando as roupas. Era cômico que seu marido de três anos nem sequer soubesse quem ela era.

Há três anos, ela salvara a vida de Spencer Santos. Na mesma época, a empresa de seu pai enfrentava dificuldades no primeiro round de financiamento. Sr. Spencer então propôs que ela se casasse com seu neto, Simão Santos, com o casamento ele investiu trezentos milhões na família Silva.

Simão nunca apareceu durante todo o processo. Depois de obterem a certidão de casamento ela descobriu que ele tinha ido para o exterior. Durante esses três anos, ela, a Sra. Santos apenas no nome, se tornou motivo de piada para os outros.

Ela nunca imaginou que seu primeiro encontro com ele seria na cama.

- Não quero dinheiro - Ela vestiu suas roupas, a cabeça estava zonza de ressaca, como se estivesse prestes a explodir.

- Não quer dinheiro? Está tentando me prender? - Simão deu uma risada seca, seu olhar penetrante avaliando-a de cima a baixo.

Ela tinha rosto pálido e delicado, corpo bem proporcionado, olhos cristalinos, bela aparência, mas isso era tudo. Mais uma mulher que vinha até ele, a única diferença era que desta vez ela havia conseguido.

Ele desviou o olhar.

- Você receberá o dinheiro que merece, nem um centavo a menos. Mas não pense demais, desista dessa ideia.

Ele estava bêbado na noite anterior, mas não o suficiente para perder completamente o controle com uma mulher. O problema estava na bebida que ela havia oferecido a ele.

Clara já tinha se vestido. Ela tinha chegado tarde à recepção que a família Santos organizara na noite anterior, um evento cheio de socialites e herdeiras, todas ansiosas para ver o talentoso homem de negócios que acabara de voltar ao país e estava prestes a assumir o Grupo Santos.

Seu avô, que estava fora do país, insistiu para que ela comparecesse. Ela queria apenas fazer uma aparição rápida e ir embora, mas seu pai a impediu e deu duas taças de vinho a ela, insistindo para que ela e Simão tivessem uma conversa.

Acabou que...

Ela sabia muito bem quão relutante Simão estava com o casamento. Como poderia fazê-lo acreditar que os eventos da noite passada não eram de sua vontade?

Um traço de tristeza surgiu nos olhos de Clara, e ela ficou em silêncio por um instante.

- Na verdade eu...

O celular ao lado da cama começou a vibrar.

Simão lançou um olhar desinteressado para o aparelho. Era seu advogado pessoal.

Ele pressionou o viva-voz, e uma voz masculina respeitosa ecoou do outro lado.

- Presidente Simão, já estou no apartamento da Srta. Clara, mas ela não está em casa. Devo enviar o acordo de divórcio para o Grupo Silva?

Ele se levantou e foi até a janela panorâmica, franzindo a testa ao observar a paisagem do rio distante. Ele não tinha qualquer impressão de Clara, sua esposa de três anos.

O avô dele dizia que ela tinha uma personalidade agradável, era discreta e também uma graduada de alto nível da Universidade da Cidade C.

A família Silva já tinha superado a crise; isso serviria como pagamento pela ajuda que ela deu ao avô anos atrás.

O tom dele era frio e implacável.

- Entre em contato com ela primeiro para que ela assine o divórcio. Se ela relutar, então entre em contato com o Grupo Silva...

Clara pegou seu próprio celular para verificar se havia perdido alguma mensagem importante de trabalho. Quando ela ouviu a palavra "divórcio", ela parou. A tela mostrava uma mensagem de seu pai, Lucas Silva: "Clara, você saiu mais cedo ontem à noite? Sua tia pediu que eu perguntasse, Simão bebeu aquele copo de vinho?"

Ela respondeu, com a cabeça baixa: "Não foi você quem preparou o vinho, pai?"

A mensagem de Lucas: "Foi sua tia que me deu. Se não estiver ocupada hoje, vá visitar sua irmã no hospital, ela disse que está com saudades."

Clara sentiu um nó na garganta, já imaginando quem era a manipuladora por trás de tudo.

E ao ver que ela não respondia, Simão perguntou:

- O que aconteceu? Está concentrada em que? Você está bêbada?

Pensando que ela poderia estar sofrendo de ressaca, ele rapidamente perguntou se ela precisava de algum remédio, a voz cheia de preocupação.

Clara tinha um temperamento muito bom. A mãe dela faleceu cedo e Lucas, sozinho, administrava a empresa. Ele havia trabalhado duro todos esses anos, fazendo o papel de pai e da mãe.

Além disso, ela só se casou novamente no seu primeiro ano da faculdade; Lucas realmente não tinha feito nada para decepcioná-la.

Ela não queria falar sobre isso, segurando a tristeza que sentia.

- Não precisa, vou ver Sofia daqui a pouco. Diga à tia que sou grata por ela ser tão atenciosa.

A conversa perto da janela de vidro continuava, tangenciando agora assuntos profissionais.

Erguendo os olhos, a luz do lado de fora incidia sobre os ombros do homem, vestido em um roupão branco, com uma postura descompromissada.

Iluminado por trás, seu rosto atraente não revelava nenhuma emoção evidente, mas o era particularmente rigoroso, tornando-o ainda mais inacessível.

Clara guardou o celular, se virou e saiu pela porta.

"De qualquer forma, ele também está planejando o divórcio, então seria realmente embaraçoso descobrir agora que ele dormiu com a esposa que ele mal podia suportar nos últimos três anos. Melhor assim, separação amigável."

Simão encerrou a ligação. Já era tarde, e ainda havia uma terceira pessoa na sala. Ele olhou para o quarto silencioso e franziu a testa.

Os lençóis estavam em desordem, puxados para o lado. A camisa social amassada estava jogada ao pé da cama.

O aroma do vinho tinto se misturava com o perfume, preenchendo o ar.

Ele esfregou as têmporas; se não fosse pela mancha escura e vermelha nos lençóis, ele teria pensado que a mulher que viu ao acordar era uma ilusão.

Um toque na porta soou, e a voz de Rodrigo, seu assistente, veio de fora.

- Presidente Simão.

- Entre.

A porta se abriu e Rodrigo, segurando um terno novo, notou a situação do quarto. Ele sentiu uma pontada de curiosidade, mas não fez perguntas, apenas colocou as roupas cuidadosamente antes de se retirar para a sala de estar.

Simão tomou um banho, se vestiu e saiu.

Rodrigo, conscientemente seguindo meio passo atrás, saiu com ele. Simão parou de repente.

- Quem foi a pessoa que saiu do meu quarto esta manhã?
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