Julieta
Meus olhos se abriram de uma vez quando ouvi a voz do guarda.
—Senhora... o encontraram —alguém gritou sem fôlego.
Me levantei imediatamente, sem pensar, com o cabelo todo bagunçado e o coração batendo como louco.
—Vamos, vamos —disse enquanto calçava os tênis às pressas—. Me leve onde ele está!
O guarda me olhou nervoso, mas balançou a cabeça.
—Não, primeiro a senhora deve tomar banho e se arrumar —ordenou com um tom que tentava ser firme.
Lancei um olhar furioso para ele, um que, em qualquer outra ocasião, teria feito qualquer um recuar. E este homem não foi exceção. Deu dois passos para trás com as mãos levantadas como se estivesse se rendendo.
—Quero... —tentei contestar.
—O chefe Marcelo ordenou, senhora. Eu não. Sou apenas um mensageiro —disse um pouco assustado.
Sem esperar minha resposta, se virou rapidamente e desapareceu pelo corredor.
Bufei frustrada, mas quando vi meu reflexo no espelho, entendi o porquê da insistência. Meu cabelo estava completamente bag