O porão era escuro e úmido, com o eco de cada gota d'água caindo de um cano quebrado. Maximiliano estava sentado num canto, os pulsos presos com correntes à parede. Havia aprendido a conservar sua energia, observando e esperando o momento certo para agir, mas sabia que esta noite seria diferente.
Sebastián entrou acompanhado de dois homens corpulentos. Um sorriso cruel se desenhou em seu rosto ao ver Maximiliano.
—Espero que tenha descansado bem, Max. Hoje é sua grande noite.
Maximiliano levantou o olhar lentamente, seus olhos azuis se cravando nos de Sebastián com uma fúria contida.
—Você vai lutar, Deveroux? Porque seria um prazer quebrar sua cara.
Sebastián soltou uma gargalhada enquanto um de seus homens se aproximava e puxava as correntes, obrigando Maximiliano a se levantar.
—Ah, não, amigo. Mas alguém muito mais forte está ansioso para te conhecer. Boris está aquecendo para te dar as boas-vindas.
Maximiliano arqueou uma sobrancelha, mas não disse nada. Tinha ouvido falar