— Certo. — suspirei pesadamente, ainda irritado — Seja lá o que for, não vou me importar. — rasguei a lateral do envelope e tirei o papel que nele havia. Li com atenção, mas ao ler cada palavra, me transportei para aquele dia tão triste.
— O que tem escrito aí? — perguntou ela, descruzando os braços com curiosidade.— Algo que nunca pensei que aconteceria. — falei passando a mão no rosto e me virando, para não demonstrar minha fraqueza. Por um instante pensei que não conseguiria segurar as lágrimas que queriam brotar, mas respirei fundo e suportei a dor que se formava no meu peito.— Daniel... — me chamou com carinho, ao se levantar, vindo em minha direção — Olhe para mim... — não queria olhar para ela e neguei com um movimento da minha cabeça — Estou pedindo para você olhar para mim.— Leia a carta. — falei me virando, um pouco tenso. Ela pegou a carta da minha mão e começou a ler com atenção.— Nossa! — exclamou, voltando a me olhar — V