Jogos de aparência
James observava Lia há dias, notando pequenos gestos que, aos poucos, deixavam claro o que ela estava tentando fazer. A maneira como se aproximava de Giovanni, os elogios disfarçados de preocupação, o olhar que demorava um segundo a mais do que o necessário.
Seguiu-a até o quarto, entrou e fechou a porta com um pouco mais de força do que o normal. Ela o olhou, surpresa com o tom pesado em seu semblante.
— O que foi, James? — disse ela, como se não soubesse o que estava prestes a acontecer.
— O que você acha que está fazendo, Lia? — ele foi direto, cruzando os braços, com os olhos fixos nela.
Ela tentou manter o controle, esboçando um sorriso descontraído.
— Eu não sei do que está falando.
James a olhou ainda mais sério, deixando claro que não estava para jogos.
— Não se faça de desentendida. Eu te vi. Sei o que você está tentando fazer. E vou deixar uma coisa muito clara: não vou permitir que continue. Eu não sou cego, Lia. E Giovanni também não é. Ele só es