Donatella
Cheguei ao hospital com o coração na boca, cada passo parecia uma eternidade enquanto corria pelos corredores. Tudo aconteceu tão rápido. Recebi a ligação informando que Raphael tinha sido baleado em seu escritório, e o mundo ao meu redor simplesmente parou. A imagem dele caído, ferido, não saía da minha mente.
Meus olhos buscavam desesperadamente por algum rosto familiar, alguém que pudesse me dar informações. Ao entrar na recepção do pronto-socorro, fui direto ao balcão, onde uma enfermeira ocupada falava com outro paciente.
— Com licença, onde está Raphael? Raphael Moretti? Ele foi trazido para cá há pouco tempo! — minha voz saía trêmula, carregada de medo e ansiedade.
A enfermeira levantou os olhos e viu meu estado de desespero. Rapidamente, verificou em seu computador.
— Ele está na sala de cirurgia. Recebeu um tiro e os médicos estão tentando estabilizá-lo. Por favor, aguarde na sala de espera — disse, apontando na direção do corredor.
Meus joelhos quase cederam de alí