― Como não há ferida na mão do paciente? ― A enfermeira foi pega de surpresa ― A mão está ferida sim, e é muito sério. Não é apenas um ferimento simples, está infectado e descarregará pus à noite. É por isso que a mantemos enfaixada. ―
― Infectado? ― Brendan se levantou do assento ― Quando isso aconteceu? ―
A enfermeira pensou por um momento:
― Na manhã do dia 19. ―
Deirdre dizia a verdade. Ela havia sido ferida na manhã do dia 19. Por outro lado, naquela manhã...
Brendan não pôde deixar de respirar pesadamente quando a imagem de Charlene aparecendo naquela manhã surgiu em sua mente. Ele cerrou os punhos com força e perguntou ansiosamente:
― Como é a ferida!? ―
A enfermeira se assustou, mas não teve coragem de não responder. Ela considerou atentamente, por um momento, antes de apontar para as costas da própria mão e dizer:
― Está ferido aqui, aqui e aqui. São marcas de perfurações. Em uma delas a carne foi arrancada de sua pele e ela sangrava em profusão. ―
‘Feridas