Charlene ainda estava em uma cadeira de rodas e seus olhos ficaram vermelhos quando ela percebeu a injustiça a que seria submetida.
― Brendan, você quer que eu doe meu sangue para aquela mulher? Você sabe que ainda não me recuperei... ―
― Quando ela estava grávida, doou sangue para você, não foi? ― Brendan impediu Charlene de fazer objeções ― Ela não deve morrer! Vou dizer à enfermeira para ter cuidado ao tirar seu sangue, para que não afete sua recuperação. ― A observação de Brendan foi, na verdade, um ultimato.
Charlene parecia triste e arranhou a capa de couro da cadeira de rodas com as unhas, com tanta força que quase rasgou o tecido. Mas, no fim, ela forçou um sorriso e disse:
― Bem, é uma vida humana, afinal. Contanto que ela sobreviva, não importa que eu morra, pode tirar todo o sangue necessário... ―
Assim que ela terminou sua frase, a enfermeira apareceu, esbaforida:
― O doador de sangue está aqui? E quem é o parente mais próximo da paciente? Preciso de uma assinatu