A janta chegou, ele abriu a porta e a mesa pra duas pessoas foi colocada, ele havia perguntado pra Samuel o que ela gostava de comer, deu a desculpa que ela não havia se alimentando bem desde que chegaram até o momento, então naquela mesa tinha os pratos favoritos dela e um bom vinho.

Ela saiu do quarto vestindo o bendito pijama de seda azul escuro, que apesar de não ser justo, nem decotado, fazia cada curva parecer estar mais desenhada ainda, e ainda o cabelo estava preso em um coque, deixando o pescoço completamente nu, e nesse momento só um pensamento vinha a sua mente: "agora sim que não posso tomar um gole de vinho mesmo, porque não sou capaz de me controlar".

Os dois jantaram e depois pegaram uma taça de vinho pra tomar enquanto assistiam, ela ainda gostava de suspenses, ele achava incrível que desde que ela tinha dez anos ela só queria assistir suspenses, e isso ainda se mantinha, além do olhar de uma menina curiosa, porquê isso ele havia visto várias vezes naquele dia.

Ele sentou bem do lado dela, ele tinha que perder esse medo de agarrar ela pelo simples fato de estar ao seu lado, e resolveu que estava na hora de tentar. Ele tomou alguns goles de vinho, e quando percebeu, os dois tomaram várias taças, e quando a primeira garrafa acabou eles pediram outra, os dois estavam com as bochechas vermelhas e aquecidos e depois de mais algumas taças o filme que era um suspense, já parecia uma comédia, a distância se tranformou em sentar ao lado, um do outro, então ela já havia depositado as pernas sobre ele, ele já estava massageando elas como se fosse a coisa mais natural, como se fossem as suas próprias pernas. Toda a estranheza se transformou em intimidade.

-Sabe Samantha, nunca entendi porquê você casou com João tão cedo..

- Eu comecei a namorar com ele, e em meses eu estava grávida...

-Mas...

-Eu estava grávida, opa, não deveria sair contando algo tão íntimo para um conhecido apenas... -ela deu mais um gole no vinho.

-Você ainda lembra disso...eu queria te proteger, mas fui um besta.. eu queria fazer você ir pra casa... e não repetir algo assim mais...

- Você aquele dia quebrou meu coração, minha confiança e eu só queria me esconder, me senti idiota... mas tudo bem, eu era uma menina, apesar de entender os seus porquês, eu sempre vou sentir uma dor ao lembrar... e talvez seja bom lembrar pra mantermos certas distâncias... não acha? - ela tentou se sentar mais longe

-Esquece isso, agora somos colegas de trabalho, e eu posso ser seu amigo, não posso?

-Você, é meu chefe... isso é verdade.

- Eu sou...- ele se aproximou mais. - e também posso ser amigo..

-É amigo de meu irmão...

-Eu sou...-ele se aproximou mais e ele percebeu que ela ficou arrepiada.- e estou interessado em você, perdidamente interessado em você...

-Está... está? - ele pacientemente passou a mão no pescoço nu dela, e depois o beijou, bem no ponto que ele queria.

- E muito... muito mesmo... -ele a puxou para o seu colo e beijou a sua boca, daquela vez, ele estava dando as cartas, ele segurou a sua cintura um pouco mais forte pra que ela ficasse perfeitamente encaixada a ele. Quando ficou sem ar, ele a soltou. Ela tentou sair da posição que estava, ele a abraçou e beijou seu pescoço novamente.

Aquele abraço era o melhor lugar que ele já havia estado em toda a sua vida. Ele a beijou novamente, agora mais lento, mais tranquilo, mais suave. Ela retribuiu esse beijo com gentileza, ao mesmo tempo que era intenso e com paixão.

Enquanto ele a beijava, ele pensava que talvez pudesse ter feito tudo diferente, ela poderia ter sido a sua garota desde o começo, e aos dezoito ela seria livre e não presa.

-Sami, eu queria, eu preciso...- ele passou a mão pelas suas costas.

-Eu não tô pronta, pra isso, eu ainda não tô pronta...ainda.

Ele entendeu a necessidade dela, então ele a colocou no sofá, e apenas a beijou novamente, ele podia se contentar com isso por enquanto, e depois voltaria para o chuveiro gelado antes de dormir.