( Nicholas Cooper )
Quando Donald Bailey Petrova entra no escritório, ele me vê sentado à mesa principal de reuniões no centro da sala, com os pulsos presos, cotovelos na mesa e cabeça baixa, apoiando a testa no ferro frio das algemas, com um bando de agentes ao meu redor.
— Saem... me deixem a sós com ele! — pediu, fazendo a tropa toda sair.
A porta se fecha atrás dele e tudo que resta somos eu e aquele que baterá o martelo do meu juízo final.
— Você não tem jeito, não é Nicholas?! Invadiu minha casa, indo mais uma vez contra todas as ordens que eu te dei.
Eu sequer levanto minha cabeça para ele. Deixo-o falar, já que dentro de mim o que me dominava naquele momento era o temperamento do próprio diabo.
— Eu não sei mais o que fazer com você... — comentou, puxando a cadeira do outro lado da mesa, sentando-se na minha frente. — E tenho ciência de que te prender do outro lado do mundo não adiantará nada, porque você vai arrumar um jeito de fugir...
Ele me conhece muito bem, posso até diz