TRÊS SEMANAS DEPOIS
O aeroporto estava cheio, como sempre. Pessoas indo, vindo, abraços apertados, lágrimas de despedidas e reencontros emocionados. Eduardo olhou o painel de voos novamente, mesmo já tendo decorado o horário do pouso. A ansiedade fazia seus dedos tamborilarem contra a alça da mochila pendurada no ombro, e ele olhou ao lado, onde Noah segurava um cartaz feito à mão com lápis de cor e canetinha. Dizia: “Bem-vinda de volta, tia Jinx!” com várias estrelas coloridas em volta. O menino estava visivelmente empolgado, mas tentava fingir que não.
— Vai fingir que não está com saudade dela até quando? — perguntou Eduardo, com um sorriso de canto.
— Até ela aparecer. Aí eu finjo que não é nada demais. — respondeu Noah, ajeitando o cartaz. — Mas só por uns segundos, depois eu abraço.
Eduardo riu, passando a mão pelos cabelos do filho.
— Bom plano.
As portas automáticas se abriram, e uma enxurrada de passageiros começou a sair com malas, mochilas e olhares cansados. Edu