Cap.110
Cada centímetro do meu corpo latejava. Era uma dor diferente da noite anterior; não era apenas o despertar da minha feminilidade, mas cada fibra muscular protestando pelo esforço absurdo no terraço.
Átila e Axel tinham sido implacáveis. Arrastei-me para fora do sofá como se meus ossos tivessem sido substituídos por chumbo. Eu nunca tinha treinado em toda a minha vida — como eles puderam me fazer treinar daquela forma logo na primeira vez?
No banheiro, o som da água enchendo a banheira era um hino de esperança. Livrei-me das roupas largas de Adon, que agora cheiravam ao meu suor misturado ao perfume dele — e escorreguei para a água morna.
Um gemido baixo escapou dos meus lábios quando o calor abraçou meus músculos doloridos. Recostei a cabeça na borda fria, fechei os olhos e, sem perceber, o cansaço me venceu novamente. Cochilei. Mas agora eu podia relaxar… ainda tinha alguns minutos antes de Adon chegar.
Acordei com uma sensação elétrica subindo pela minha espinha. Aquele inst