Um único chamado de Beatriz trouxe Mário de volta à razão.
Ele forçou um sorriso e assentiu, desviando o olhar da caixa de encomenda.
Seguiu Ezequiel até o quarto de hotel onde Beatriz estava descansando.
Antes de saírem, Ezequiel havia pedido especialmente para que Mário comprasse um buquê de flores. Sem contar a ninguém, planejava fazer uma surpresa para Beatriz.
Mas, assim que chegaram à porta do quarto, ouviram o som de um isqueiro sendo aceso.
A porta estava entreaberta. Na memória de Mário, Beatriz sempre fora uma mulher frágil e inocente, supostamente diagnosticada com câncer de pulmão. No entanto, ali estava ela, fumando um cigarro.
E, sentados no sofá à sua frente, seus pais exibiam expressões de satisfação extrema.
Aurora, especialmente, contava o dinheiro do dote que Mário havia dado, com um olhar cheio de cobiça.
— Nossa, Beatriz sempre foi esperta! — Disse Aurora com sarcasmo. — Fingiu que estava com câncer de pulmão e enganou aquele idiota do Mário direiti