Amelie
— Você vê um coração? — Franzi o cenho ao questioná-lo, isso era mais importante que o fato de ter me visto nua.
— Sim, um coração igual ao verdadeiro. Uma vez eu vi em um livro de anatomia e é exatamente igual, parece até que foi desenhado. — Arthur virou o balde sobre a cabeça e jogou parte da água. A água ensanguentada escorreu por sua pele. — Eu achei bonito.
Duvidei de suas palavras, pois aos meus olhos, a marca parecia apenas um borrão, mas eu sabia que cada pessoa enxergava de uma forma.
Todos que viram alegaram coisas diferentes e sempre era algo ruim.
Meus pensamentos foram cortados abruptamente quando ele jogou-me a água fria.
— Arthur! — reclamei ao olhar meu vestido molhado.
— Eu a trouxe aqui para que se lavar, Amelie. — Olhou-me de cima a baixo e jogou o restante da água do balde de madeira sobre a cabeça. — Precisa de ajuda para tirar o vestido?
Neguei e Arthur balançou os cabelos, a água respingou em mim e apenas fechei os olhos por um momento. De repente fi