Ela…
Tentei abrir os olhos, mas não consegui. Minha cabeça estava pesada e ao mesmo tempo latejando.
— Meu Deus, o que está acontecendo?! — murmurei baixinho.
A primeira coisa que senti foi o cheiro forte de álcool e desinfetante.
Meu corpo inteiro estava pesado, como se eu tivesse corrido uma maratona sem fim.
Tentei mais uma vez abrir os olhos, mas as pálpebras pareciam coladas, e minha cabeça latejava como se alguém estivesse martelando dentro dela.
Aos poucos, sons começaram a surgir.
Um bip constante ecoava ao fundo, acompanhando o ritmo irregular do meu coração.
Mas o som mais assustador era o das vozes.
Baixas, murmuradas, como se estivessem conspirando contra mim.
Meu peito se apertou, o pânico subindo como uma maré implacável.
Onde eu estava?
O que tinha acontecido?
De repente, flashes de momentos antes invadiram minha mente como um filme fragmentado.
O restaurante.
Meu pai.
Lúcio.