6-PARCEIRA

MAXIMILIAN

Alana estava se saindo muito bem, o café trouxe-me boas recordações, claro que irei querer novamente.

O que me deixou incomodado foi o tal Vicente, que viria apenas com um telefonema dela, como assim, com certeza é um namorado.

Também o que mais eu ia querer, uma mulher linda, com certeza está comprometida.

Tentei focar no trabalho, se o tal Vicente fizesse o trabalho, estaria satisfeito.

Pontualmente as onze horas, Alana b**e na porta, apresentando um casal de idosos, Vicente e Laura, muitos simpáticos, senti até um alívio em saber que Vicente já era velho e casado, mas descrente que ele iria resolver o meu problema.

Ele orientou Alana como deveria tirar o dispositivo debaixo da minha mesa, foi instinto, no momento que ela arrebitou aquela bund@, o meu olhar foi puxado, até esqueci que não estava sozinho, foi quando recebi um tapa no meu ombro, com uma advertência.

— Tira o olho, seu safado, ela é moça descente. -Laura repreendeu-me, como se eu fosse um moleque, quase ri.

— Que isso mulher, eles são jovens, ele não está fazendo nada de m@l, apenas apreciando o que é belo. -Vicente me defendeu falando baixinho para a esposa, depois virou para mim, como se contasse um segredo.

— Bem que eu acho, que para passar a mão ali, apenas com um anel no dedo, se é que você me entende.

Preferi não falar nada, mas entendi o que o casal quis dizer, Alana, não era dessas secretárias que pulam no colo do chefe.

Ela conseguiu tirar o equipamento, e Vicente e Laura começaram a mexer no equipamento e no meu computador.

— Crianças, para disfarçar realmente trouxemos uma refeição para vocês, não sei se vai estar do gosto do CEO, mas sei que a minha Alana gosta da minha comida.

— Muito obrigado senhora Laura, Alana vamos deixá-los a vontade, e fazer a nossa refeição na cozinha.

Alana pareceu surpresa, claro um CEO que vai até a cozinha.

Quando chegamos na cozinha e Alana abriu a comida, a minha boca salivou, dona Laura caprichou, era uma comida simples, mas completa, feijão, arroz soltinho, carne com batata, uma salada de legumes e verduras, ovo frito, e ainda um potinho de doce de leite.

— Quando falar para minha avó o que foi meu almoço hoje, ela vai ficar com uma inveja danada. -Felei de forma natural.

— Você, gosta desse tipo de refeição?

Ela parecia surpresa.

— Olha na infância os meus avôs levavam-me sempre para a fazenda, a Rosa cozinheira de lá fazia esses pratos, e eu amava, sim, vou em restaurante com grandes chefes, mas não abro mão de uma comida caseira.

— Bom saber, na verdade, eles não precisavam trazer nada, mas a dona Laura é um amor, ontem não consegui organizar minha comida da semana, deixo tudo quase pronto, de manhã faço e trago, mas ela sabe que ontem não consegui fazer.

— Você não sai para almoçar fora, como a maioria aqui, usando o vale refeição nós restaurantes aqui perto.

— Não, gosto de preparar a minha própria comida, uso o cartão no mercadinho perto de casa.

— Por que não fez a sua comida ontem?

— Uma vizinha dona Paula, passou mal quando voltávamos da Missa, chamamos o socorro, mas alguém precisava ir junto, ela mora sozinha, como quase todos da nossa vila, então acompanhei ela, a filha que mora em outra cidade chegou já era mais de oito da noite.

— Por que nem outro vizinho se colocou para ajudar, tudo bem Vicente e Laura não, pois já são de idade.

Ela riu da minha pergunta.

— Tirando eu, Vicente e Laura são os mais jovens na vila onde moro.

Quando ia perguntar mais, Vicente veio nos chamar, nem deu tempo de comer o meu doce, levei comigo, vou perder ele por nada.

— Vicente explicou-me tudo sobre o dispositivo, e informou que quem ligou ele sabe que já foi delegado por isso não virá aqui buscar as informações, disse que poderia tentar rastrear até o comprador, mas me orientou a instalar cameras com sensor de movimento, conectado no meu celular e de Alana. Ele disse que faria esse trabalho, mas teria que ser amanhã.

— Dona Laura, já que vai voltar amanhã no horário do almoço que tal, trazer o almoço mais uma vez.

— Bom saber que é uma pessoa humilde rapaz, pode deixar, vou caprichar.

Eles foram-se, deixando Alana e eu com muito trabalho ainda.

Proximo das quatro da tarde, recebi um telefonema do meu avô Valter.

-Boa tarde vovô!

-Boa tarde Max. Você já respondeu o email dos italianos?

-Qual email? Não recebi ainda.

— Sim recebeu, semana passada, eles receberam o email confirmando.

— Tudo bem vovô, vou verificar, obrigado por informar.

Procurei o tal email, não encontrei, então chamei Alana.

-Alana, fui informado que um grande cliente enviou um email semana passada, mas não consigo achar.

— Só um minuto.

Ela foi até sua mesa e voltou com o notebook.

— Com certeza foi enviado para o email da empresa, vinculado ao seu nome.

Ela digitava rápido, concentrada, linda. O que está acontecendo com você Max, ela é sua secretária, sem falar que linda assim nunca que olharia um inválido.

— Achei, o arquivo foi deleitado, horas após ser recebido, mas vou conseguir recuperá-lo, só um minuto, pronto, pode abrir.

— Muito obrigado. — Falei já abrindo o meu email. — Não pode ser, está em italiano, eu até consigo conversar e entender, mas ler.

— Fique tranquilo, basta chamar um tradutor técnico. Ele vai fazer a tradução dentro da linguagem empresarial.

— Nesse horário, não temos tempo, preciso responder em menos de três horas.

— Confia em mim?

— Não sei o porquê, mas acredito que posso confiar de olhos fechados em você. — Quando falei, percebi que havia dito demais, mas foi delicioso ver que ela corou.

— Tudo bem, sei italiano, posso traduzir, para ser mais rápido posso ir lendo e você já fazendo os ajustes necessários, anotações, iremos conseguir.

— Então puxa uma cadeira aqui do lado, você fica no meu computador e eu no seu notebook.

Realmente estava dando certo, enquanto ela ia lendo a mensagem, eu já fui elaborando a proposta.

Trabalhamos com uma das mais renomeadas industrias de eletrodomesticos, os italianos querem ser parceiros, assim iremos levar a nossa marca para a Europa.

Estavamos por mais de duas horas ali, quando o meu celular particular tocou, apenas os meus avôs paternos e Lincon tem esse número, mas pretendo passar para Alana também, pedi um minuto e atendi, ali do lado dela mesmo, que fez que iria sair, e eu disse que não.

— Boa noite vovô!

— Boa noite Max, você viu que horas são?

— Na verdade, não, estou com problemas aqui na empresa.

— A sua avó está preocupada, pois sabemos que quando Lincon está aí você alimenta-se direito.

— Não se preocupe, almocei muito bem hoje, uns amigos da minha nova secretária vieram trazer o almoço dela e também trouxeram para mim, com direito a doce de leite de sobremesa.

— São vinte horas, já passou do horário do jantar, o trabalho ainda vai demorar.

— Vovô acho que sim, e não posso deixar para amanhã.

— Tudo bem, te amamos o meu neto.

Alana sorria para mim.

— E sempre bom ter alguém que se preocupe com o nosso bem-estar, agradeça por isso.

-Sim, concordo.

Continuamos o nosso trabalho, e uma hora depois, recebo o pedido de liberação para entrar no andar da presidência.

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