RAFAELLA MARTINI NARRANDO.
ITÁLIA.
Quando eu entrei na sala de jantar e vi o Rocco próximo do Leonardo, um frio percorreu minha espinha. A sensação de que eu estava mentindo para Leonardo sobre a minha memória começava a pesar sobre mim. Só que eu não podia falar a verdade, pelo menos não agora, até conseguir provar que o Rocco era o verdadeiro culpado de todo esse inferno. Apenas falar não iria fazer Leonardo acreditar em mim; eu precisava de provas. Como obtê-las, eu ainda não sabia.
— O que ele queria? — Perguntei, tentando esconder o meu nervosismo.
— Você se lembra dele? — Leonardo perguntou, olhando diretamente nos meus olhos.
— Ouvi você dizer, "Rocco", não é?
— Não me lembro de ter falado dele com você.
— Você já está indo trabalhar? — Mudei de assunto rapidamente, antes que ele pudesse fazer mais perguntas.
— Sim, mas hoje não demoro muito para voltar.
— Então tá.
Leonardo se levantou, pegou o celular no bolso e saiu da sala, já falando ao telefone, sem se despedir de mim. Fi