RAFAELLA MARTINI NARRANDO.
ITÁLIA.
Eu me lembro perfeitamente do momento em que Leonardo decidiu conversar com Martin. Notei o olhar concentrado de Martin, seus olhos fixos em Leo, como se a conversa fosse de grande importância. Não era difícil adivinhar que o assunto era sério; havia uma tensão palpável no ar. Decidi que era melhor dar um tempo de toda aquela intensidade. O meu estômago estava embrulhado e a bebida começava a pesar.
Saí da sala, deixando o burburinho da festa para trás, e caminhei até o jardim. O ar fresco da noite me envolveu, proporcionando um alívio imediato. A luz da lua iluminava suavemente o jardim, criando um cenário quase mágico. Mas mesmo o ar fresco não parecia suficiente para tirar aquela sensação da bebida. Me apoiei na borda de uma fonte, tentando recuperar o equilíbrio.
Foi então que ouvi os cochichos. Vozes baixas, como se fosse uma conversa em segredo. A princípio, não consegui distinguir de onde vinham, mas minha curiosidade foi mais forte. Segu