LEONARDO RIZZI NARRANDO.
VERONA, ITÁLIA.
Destranquei a porta, abri apenas uma fresta e era o Lorenzo.
— O que você quer? — perguntei, injuriado.
— Quero saber se você está bem. Rocco me disse que você matou o homem que atirou em você.
— Está tudo bem, Lorenzo, estou um pouco ocupado agora.
— O que você está fazendo? — ele disse, tentando ver pela fresta da porta.
— Lorenzo, eu já disse que estou bem. Você quer mais alguma coisa?
— Não, boa noite.
Eu tranquei a porta e voltei para a cama. Rafaella tinha vestido a sua camisola novamente, o rosto dela estava vermelho de vergonha.
— Desculpa por isso.
— Não tem problema, é até melhor, a gente ia fazer besteira.
— Você acha que íamos fazer besteira?
— É apenas um acordo, Leonardo. Não podemos nos envolver, eu tenho o meu propósito e você tem o seu.
— Desculpe se ultrapassei o seu limite.
— Você não ultrapassou sozinho, eu também te dei liberdade para isso.
Um silêncio incômodo pairou entre nós. Rafaella desviou o olha