Paloma acordou naquele quarto de hotel no qual uma noite antes tinha derramado lágrimas de dor. Um ronco na barriga lhe lembrou que sua pequena estava com fome. Levantou-se e se arrumou, desceu para tomar café da manhã no restaurante. Depois disso saiu daquele hotel. Tinha descansado o suficiente e devia pensar claramente sobre o que faria em seguida.
Conhecia bem as ruas onde estava. Apesar de terem passado cinco anos, ainda lembrava das ocasiões em que ela e sua amiga Regina se escapavam do colégio e perambulavam pela cidade. O preço era caro, com certeza era o castigo, mas bem valia a pena. Novamente voltou a agradecer a essa amiga por lhe ensinar a andar de metrô e usar o ônibus. Isso de ser menina rica não lhe servia, menos agora que não tinha nada nem ninguém.
Enquanto viajava no metrô, ficou pensando que a estas horas o que restou de Pietro já devia estar sepultado onde sua família tinha designado. Respirou fundo e depois soltou um longo suspiro. Não foi por nada que seu último