Era quase meia-noite quando o ônibus parou na estação. Valeria desceu dele sentindo um vazio enorme no estômago. No momento que saiu do hotel não sabia para onde ir, era claro que para casa não, não naquele estado. Um hotel era arriscado demais, não sabia se Marco a encontraria e que outras coisas poderia querer fazer com ela. Ali naquele lugar com gente indo e vindo, se fez presente a silhueta de uma linda mulher madura, esta caminhou ao seu encontro um pouco hesitante.

— Ângela?

— Minha querida Aurora!

— Ângela Pellegrini! Minha querida amiga!

Ambas se abraçaram forte. Depois de 20 anos era uma resposta lógica, ambas derramaram lágrimas. Sua amiga que tinha desaparecido acabava de voltar. Eles por mais que a procurassem, jamais puderam localizá-la. Um dia do nada o Sr. Luceria lhes pediu que seguissem com suas vidas, ela devia estar em um lugar melhor. Aurora soube naquele instante que devia ser verdade, Luceria trabalhava para Marco, certamente ele já a tinha encontrado. Continu