Stella, ao vê-la, recordava-se das dolorosas memórias de um passado sombrio.
Ela ajustou o casaco, mantendo uma atitude fria:
- Estou indo porque ele é o pai dos meus filhos, não por sua causa.
Ao ouvir isso, Dona Gisele, percebendo que Stella estava disposta a voltar, não conseguiu segurar as lágrimas:
- Eu entendo! Eu entendo.
Apesar de toda a humildade de Gisele, Stella permaneceu impassível.
Mais tarde, quando já estavam no carro, Stella se manteve em silêncio. Dona Gisele tentou falar várias vezes, mas acabou apenas suspirando:
- Stella, sei que você me odeia.
Stella desviou o olhar para a janela, observando a neve do lado de fora, e respondeu baixinho:
- Aqueles dias são inesquecíveis para mim, por isso nunca vou perdoá-la.
Dona Gisele cobriu o rosto com as mãos.
Talvez pela idade avançada ou pelos traumas sofridos, ela começou a se lembrar de quando Stella era jovem e sempre a chamava carinhosamente de “Sra. Gisele”. Ela realmente gostava de Stella naquela época, mas, após o