Ele observava Ademir em silêncio.
Mesmo com o rosto ensanguentado pelos golpes, ainda era possível ver sua elegância e beleza.
Marcelo riu suavemente e repetiu:
- Segurou as mãos? Com qual mão você segurou minha mulher?
Enquanto falava, ele se levantou e pegou um taco de beisebol.
Ademir levantou os olhos e encarou o homem à sua frente, ainda sem acreditar que ele era o marido de Nina... Nina era tão delicada e frágil, enquanto o marido era um homem cruel.
Ademir cerrou os dentes e disse com dificuldade:
- Nós éramos puros! Mesmo que você a possua, nunca poderá possuir a alma dela. Ela sempre voará livre.
Marcelo pegou os documentos próximos.
- Estudante de filosofia? - Ele zombou. Lentamente, ele colocou luvas brancas e óculos de proteção. Sem dizer mais uma palavra, sem fazer mais perguntas, ele balançou o taco de beisebol...
As mãos de Ademir ficaram inutilizadas.
Entre os gritos de agonia, Marcelo olhou friamente e disse com um sorriso leve:
- Esse é o preço que você paga por se