Galvão acabou de sair. Ele disse que o novo medicamento ainda estava em desenvolvimento contínuo e que Matheus não deveria desistir.
Matheus, claro, não iria desistir. Mas ele não sabia quanto tempo levaria para poder usar a mão direita e levantar-se da cadeira de rodas... Ninguém podia lhe dar essa resposta.
Matheus estava de mau humor, e os empregados, em geral, não ousavam incomodá-lo, mas essa noite era uma exceção. Um som de carro vindo do jardim e, em seguida, passos apressados ecoaram, e Amanda bateu na porta com urgência:
- Senhor, a senhora voltou!
Matheus achou que fosse Gisele. Ele disse casualmente:
- Peça que ela espere no refeitório, logo estarei lá em baixo.
Amanda não respondeu. Matheus franziu a testa, prestes a empurrar a cadeira de rodas para ver o que era. A porta se abriu devagar... Stella estava na entrada, completamente encharcada pela chuva. Normalmente tão elegante e bela, agora ela estava em uma desordem desalinhada, mas não parecia se importar com sua aparên