Dove Giovanna
Uma semana se passou, estou indo ver meu vestido de noiva, as coisas estão correndo desde que a notícia do meu casamento com Daniel se tornou pública. Chegou no ateliê de Mari, a moça que está organizando meu casamento, soube por Sophie quê ela é prima de Daniel, mas quê é adotada, a menina é uma mini fofoqueira quem adoro foi Bernardo, eles se conheceram há três dias atrás quando ele me levou para buscá-la na escola. — Oi, sou Dove Diaz, estou procurando por Mari! — falo para a moça no balcão. — Ah sim, a noiva do senhor Hall, venha comigo , ela está lá trás te esperando! — diz — Mari, ela chegou! — fala. — Oi querida, como você é linda! Meu primo é um homem de sorte! — fala me abraçando. — Obrigada, você também é linda! — falo sincera. Mari é uma negra alta, com cachos, olhos castanhos escuro, cintura fina e muito bem vestida. — Ah que nada! Vem ver os vestidos! Tem ideia de como o quer mais ou menos? — pergunta. — Quero um que seja simples, de renda , tomara que caia e nada muito brilhoso! — falo. — Hummm... Que tal esse daqui? — pergunta. Experimente vários vestidos, mas somente o último me chama atenção, ele é todo de renda, tem uma calda não muito longa e é tomara que caia. — Esse! — falo. — também acho que ficou lindo em você! — diz— Vai ser esse então? — Sim! — afirmo. — Vamos tirar suas medidas, para dar alguns ajustes! Irá ficar linda, acho que iria combinar muito com uma tiara! — Como vai deixa o cabelo? — pergunta. — Soltos! — Perfeito! Tenho algo em mente, mas deixarei para fazer surpresa no dia do casamento, aliás para quê tanta pressa? Você está grávida? — pergunta. — O quê? Mas é claro que não! — falo meio alto — De onde você tirou isso? — pergunto. — Bom , você apareceu do nada, já vão se casar, achei que podia estar grávida! — Não apareci do nada, eu trabalhei para o Daniel durante quatro anos, era recepcionista, acho que posso dizer que nos conhecemos a bastante tempo! — digo. — Entendi! Então ele te chamou para sair ? — Mas ou menos! — falo. — Como assim? — pergunta. — Veja a hora , ainda tenho que ir provar o buffer , outro dia a gente conversa! — finjo olhar a hora. — Ok então! Mas amanhã não irá me escapar! — fala . — amanhã? — pergunto confusa, pois não tínhamos nada marcado. — Sim, o Dan não te conto? Papai organizou um jantar de noivado para vocês dois, será que era para ser surpresa e eu não podia contar? Droga estraguei a surpresa! Olha quando chegar lá amanhã finja está surpresa, tá bom? — fala depressa. — Humm tá bom! — rio. — Sabia que nos daria bem, aí eu sempre quis ter uma irmã, mas meus pais não cooperaram! — diz me abraçando. — Bom, eu acho que já posso te considerar uma amiga! — falo. — Verdade? Iremos sair juntas , dar festas do pijama e tudo ? — Se você quiser... — Eu quero... desculpa é que eu não tenho amigos! — sorri envergonhada. — Tudo bem, agora você tem, tenho duas melhores amigas, Lurdinha e Izzy, também tem o Bernardo, namorado da Izzy, só um detalhe: eles ainda não sabem disso ainda, então bico fechado! — brinco. — Nossa! — ri . — Um pouco louco né? Eu sei! Mas bem vinda ao time! — falo — Agora eu realmente tenho que ir! — tudo bem, Tchau! — fala . — Tchau docinho! — saio do atelier. Sigo para o ponto de ônibus, apesar de está bem conhecido publicamente, não vou deixar de usar os meios de transporte público. Meu celular toca, é Daniel, resolvo atender para não ter que ouvir seus chiliques mais tarde. * — Oi! — falo ao atender.* — Onde você está? Estou te esperando a meia hora! — grita * Talvez eu devesse não ter atendido. * — Já estou chegando , é que peguei engarrafamento! — falo * * — Não quero saber! Esteja aqui em cinco minutos — desliga na minha cara* Babaca! Idiota! Verme puto! Esses são os apelidos carinhosos que o mesmo ganhou nos últimos dias. Dou sinal e desço , ando um pouco e cheguei ao restaurante ao local do buffer, essa é a única coisa que ele faz questão de participar, o resto do preparativos é tudo com Mari , pelo o quê me contou, eu não reclamo, já que não entendo muito sobre isso e nem estou me casando por amor, então que ela faça do jeito dela, tenho certeza que ficará tudo lindo de qualquer jeito, pelo o pouco que vi, a Mari tem bom gosto! — Cheguei! — falo me aproximando de Daniel. — Até que fim! — fala impaciente. — grosso! — falo baixinho. — O quê disse? — Ergue a sobrancelha. — Eu? Nada! — falo cínica. Uma mulher se aproxima com alguns pedaços de bolos. — Já escolhi tudo , só ficou faltando o bolo mesmo! — ele fala. — Ok, eu gosto de chocolate amargo, é você? — pergunto. — Também gosto de chocolate, mas não sou muito fã de doces, então meio amargo para mim está bom! — fala. — A senhora pode nos trazer as opções com chocolate meio amargo, por favor? — Claro senhorita, mas nem ao menos vão dar uma chance para esses aqui? — aponta para o bolo. — Acho que podemos, fazer um pouco diferente dos outros casamento , que tal ao invés de um bolo, não colocamos dois? Assim cada convidado pode escolher um de sua preferência! — falo. — Pode ser! — ele fala. — Enquanto a senhora vai lá, a gente vai experimentar esses daqui! — falo sorrindo. A moça assentiu animada. No final escolhemos dois bolos, um de chocolate meio amargo com recheio de maracujá e brigadeiro, o outro de Baunilha com recheio de ninho com leite condensado e chocolate. — Vai para casa? Te deixarei lá! — fala. — Não precisa, eu posso pegar um ônibus ou então um táxi! — falo . — Desse jeito vou pensar que têm medo de ficar perto de mim! Por quê não quer que eu te leve? Marco de encontrar com alguém? — questiona sério. — Eu não! Só não quero te dar trabalho, você deve está cansado, trabalho muito hoje, não? — Vejo só a minha noiva está preocupada com o meu bem estar! — ri , é que sorriso! Mas que merda acabei de pensar? Foco Dove! Foco! — Não se preocupe , estou inteiro o suficiente para te levar para casar! — Já que você insiste, tudo bem então! — falo derrotada. — Entre! — abre a porta do carro para mim — Como foi seu final de semana? — pergunta do nada, olho para ele estranha — O quê foi ? — Você realmente está bem? Não tá com febre! — pergunto tocando sua testa. — Por quê acha que estou doente? — Você está sendo legal comigo, você nunca é legal comigo! — falo meio em quê em choque. Será que eu enlouqueci? Agora estou imaginando coisas! — Ora, agora não pôde perguntar, mas como foi seu dia ? — Pôde mas você não é de fazer isso! — acuso. — Certo! Eu fui um babaca com você esses dias , me desculpa! Mas vamos tentar nos dar bem, afinal vamos nos casar, passaremos três anos juntos! — fala. — Hummm...acho que podemos ser amigos! — falo. — Amigos? — pergunta rindo. — Amigos ! — concordo também rindo. Talvez ele não seja totalmente um ogro como eu havia pensado, sorrio com esse pensamento. — Está rindo do quê ? — me olha. — Nada! — solto uma gargalhada de repente, ele se assustou. — Sua maluca, quase fez eu bater ! — fala . Não aguento continuo a rir. — Senhor me dê paciência , pois se me der forças.... — ele fala e continua a dirigir, as vezes ele me olhar, fazendo com que a minha crise de risos volte, foi assim o caminho todo, ele reclamando e eu rindo atoa.