Gotas de vinho escorriam pelo contorno afiado das sobrancelhas e maxilar de Douglas, descendo pela face. Quando antes o nobre sempre elegante e orgulhoso teve um momento tão desgrenhado?
Seus lábios, normalmente belos, agora formavam um arco cortante, emanando uma autoridade silenciosa.
Natália, entretanto, não se intimidava; erguendo o queixo com desdém, lançou-lhe um olhar desprezivo e se virou para partir.
Lourenço não pôde deixar de suspirar; afinal, Natália era a única que ousava jogar vinho no rosto de Douglas!
- Rezo para que a Srta. Natália corra rápido.
Douglas lhe lançou um olhar de soslaio, notando que Lourenço estava impecável, sem ter sido atingido pelo incidente.
Ele cortou friamente:
- Rezo para que você seja mudo.
Lourenço não ousou falar mais.
Depois disso, Douglas não lhe deu mais atenção e seguiu diretamente na direção por onde Natália havia partido.
O homem era alto e de passos longos, mas não apressava o andar, transmitindo a impressão de quem passeava tranquilamen