A voz dele tinha aquela preguiça característica do início da manhã. Natália, assustada com sua voz, rapidamente voltou a si e olhou ao redor, vendo a decoração familiar do quarto. Ela se sentou na cama, olhando rapidamente para as próprias roupas, ainda as mesmas de ontem, um pouco amassadas após uma noite de sono:
- Como eu... - Ela começou a falar, mas parou ao se lembrar que parecia ter adormecido no sofá. - Que horas são?
Ela jogou as cobertas para o lado e saiu da cama.
- Por que você não me acordou?
Natália hesitou em se levantar, lançando um olhar desconfiado para ele. Douglas também se sentou, seu torso nu e musculoso exposto ao ar, atraente e definido.
- Eu te carreguei do sofá para a cama, você nem acordou com todo o movimento, então achei normal não te acordar.
Ele pegou um relógio de pulso do criado-mudo.
- São oito horas. Vamos nos atrasar para o trabalho.
Natália nem se preocupou em discutir se ele deveria ou não tê-la acordado, se apressando para pegar roupas no guarda-